O governo dos Estados Unidos anunciou, na última segunda-feira (4), um novo projeto-piloto que poderá influenciar o processo de solicitação de vistos de turismo e negócios. A iniciativa prevê a cobrança de uma caução de até US$ 15 mil para alguns solicitantes dos vistos B-1 (negócios temporários) e B-2 (turismo, visitas e tratamento médico). O projeto terá duração de 12 meses e, por ora, vale apenas para cidadãos da Zâmbia e do Malaui, ou seja, o Brasil está fora da lista inicial.

Segundo o Departamento de Estado, o objetivo é testar a eficácia da caução como uma ferramenta para reduzir casos de permanência irregular nos EUA. O valor será reembolsado ao viajante após o fim do período autorizado, desde que todas as condições do visto sejam cumpridas.

A medida vem acompanhada de outra mudança: o Congresso norte-americano aprovou uma nova taxa de US$ 250 para quem solicitar visto de turismo. Essa taxa também poderá ser devolvida, caso o visitante deixe o país dentro do prazo legal. A cobrança começa a valer em 1º de outubro.

Apesar das mudanças, a US Travel Association, que representa empresas do setor turístico dos EUA, minimizou o impacto do programa. Em declaração à agência Reuters, a entidade afirmou que a iniciativa deve atingir apenas cerca de 2.000 pessoas, principalmente de países com baixo volume de viagens aos Estados Unidos.

De acordo com dados da Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, os países mais afetados registraram, em 2023, altos índices de visitantes que permaneceram no país além do prazo permitido.

Para turistas brasileiros e da maioria dos países com alta demanda de entrada nos EUA, por enquanto, as novas exigências não se aplicam. No entanto, é importante estar atento às possíveis mudanças após o período de testes.