Pesquisa inédita feita pelo Centro de Inteligência da Economia do Turismo, da Secretaria do Estado, revela um outro lado das viagens em tempos de Covid-19. Enquanto o movimento de turistas caiu de forma generalizada, com queda de 52% em média, chegando a zerar em alguns destinos, aumentou o número de visitantes na categoria de turismo de segunda residência. Aí estão inclusas pessoas que viajam para alguma região onde têm outro imóvel, com salto médio de 40,2%. São moradores, por exemplo, da capital ou de outras cidades, que viajam para chácaras, sítios ou casas e apartamentos em regiões urbanas de outros municípios.
A pesquisa foi feita em mais de 80 municípios. As regiões que registram os maiores aumentos para o turismo de segunda residência foram as de Campinas (que inclui Águas de Lindoia, Serra Negra, Itatiba, Vinhedo, Valinhos, Jundiaí, Socorro, Holambra e Monte Alegre do Sul), Sorocaba (Cotia, Tatuí, Araçoiaba da Serra, São Roque, Ibiúna e Piedade) e Rio Grande, no extremo noroeste do Estado, com destaque
para Ilha Solteira, Pereira Barreto, Santa Fé do Sul, Rubinéia, Santa Clara do Oeste, Indiaporã e Mira Estrela.
Em Campinas, o crescimento desse tipo de turismo foi de 72,9%, com queda de 44% na atividade de turismo tradicional. Em Sorocaba, houve aumento de 42,9% no volume de “turistas moradores” e diminuição de 71,4% na movimentação de hotéis e pousadas. Já a região
chamada Rio Grande teve incremento de 44,4% e perda de 33,3%, respectivamente, em segunda residência e turismo tradicional.
Outro destino que se destacou foi a Serra da Mantiqueira, com aumento de 33,3% no movimento de segunda residência e perda superior a 50% no movimento do chamado turismo tradicional. A pesquisa do CIET foi feita entre os dias 4 e 10 de maio.