VOCÊ ESTÁ LENDO

Santa Fé: um giro pela Cidade Diferente

Santa Fé: um giro pela Cidade Diferente

Confesso ser verdadeira amante da história, principalmente, quando ela faz com que eu me transporte para tempos que não vivi. Quem olha as cadeias de montanha do entorno, ou o chão de terra sob os pés, talvez não imagine o legado histórico que está guardado em cada centímetro de Santa Fé, no Texas. A cidade conserva 400 anos bem vividos, nos quais a mistura de povos colonizadores, entre eles indígenas nativos e espanhóis, deu a ela o apelido de A Cidade Diferente, afinal, quem se aventura pelas ruas desta texana, se permite conhecer os temperos, os costumes e as tradições deixadas por essas culturas. No sentido das montanhas, na direção norte, oitos povos – ou pueblos – convidam os turistas a conhecerem o seu modo de vida e a se divertirem durante suas festas, caso do Nambé, que realiza a Festa da Dança do Búfalo, em 24 de dezembro, e os Taos que celebram em julho o Pow-wow, que significa reunião de povos nativos, com integração entre as diferentes nações indígenas dos Estados Unidos. Pelos limites montanhosos entre Santa Fé e o Colorado, ainda estão abrigados os pueblos Ohkay Owingeh, Picuris, Pojoaque, San Ildefonso, Santa Clara e Tesuque.
bufalo
Arte anda em conjunto com o respeito à natureza em Santa Fé

De volta ao ambiente urbano, o encontro se faz no SWAIA – Santa Fe Indian Market, que nasceu em 1922 para apresentar algumas das produções locais, entre cestarias e bijuterias, e que hoje se transformou na maior reunião da cultura indígena, quando turistas de todas as partes se rendem aos mais de mil artistas que se juntam para representar cerca de 100 tribos, através de joias, esculturas, roupas, objetos de decoração, comidas típicas – de tacos a milho assado -, dança e música. Realizado todos os anos no mês de agosto, o Swaia também capitaneia um leilão com peças indígenas refinadas, e para participar é preciso adquirir convites que variam entre US$ 150,00 e US$ 250,00.
artesanato
Detalhes de uma peça componente do artesanato local

Uma alternativa para gastar menos dólares e ainda assim curtir todo o fenômeno cultural abrigado em Santa Fé é visitar alguns de seus museus, como o mais óbvio Museum of Indian Arts and Culture, que por US$ 9,00 permite que você conheça uma compilação de potes, esculturas, joias e pinturas que remontam a história dos índios americanos. No entanto, para uma experiência diferente, vale a visita ao centro da cidade, onde está o Museum of Contemporary Native Arts que, como o próprio nome diz, abre espaço para obras mais atuais criadas por variadas tribos, constituindo assim, a maior coleção de arte indígena contemporânea no mundo, com 7500 itens. Na loja do museu, entre bonecas e colares, é impossível não encontrar uma recordação que tenha a sua cara.
Museum of Contemporary Native Arts  por armstrks
Vista do Museum of Contemporary Native Arts

Para fechar com chave de ouro, a chance de saborear alguns destaques do cardápio do eleito Melhor Restaurante Étnico de Santa Fé, não pode ser desperdiçada. No India Palace, o cliente escolhe opções à base de frutos do mar, frango e cordeiro, bem como, se aventura em pimentas, queijos e iogurtes caseiros. Ainda nesta vibe tribal, a hospedagem não pode ser em outro lugar senão no Inn of the Anasazi, que eleva os traços e as formas da arte indígena a um patamar requintado.

Para saber mais:
Santa Fé Convention & Visitors Bureau santafe.org


Flávia Lelis, editora de conteúdo online e amante de viagens por natureza

Artigos Relacionados

[fbcomments]
INSTAGRAM
SIGA A GENTE
Translate »