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Perdas do turismo no Espírito Santo passam de R$ 200 milhões em maio

Com a impossibilidade da realização de eventos desde março, a indústria do turismo no Espírito Santo já sente os impactos da pandemia de COVID-19. Dados da Câmara Empresarial de Turismo da Fecomércio apontam que, somente na segunda quinzena de maio, as perdas do segmento chegam a R$ 201,4 milhões.

Seguindo o decreto do Governo Estadual, o setor de eventos, responsável por grande parte das movimentações turísticas do estado, está paralisado. O presidente do Espírito Santo Convention & Visitors Bureau, Alfonso Silva, conta que o calendário entre março e junho deste ano contava com a realização de 28 eventos. A maioria deles não se consolidou e poucos modificaram seus formatos, como é o caso da Festa da Penha.

“Pela nossa apuração prévia somente os eventos não realizados responderiam pela atração de 34.440 turistas neste período. Deixamos de movimentar aproximadamente R$ 78 milhões. São empresas de organização, montagem, guias de turismo, traslado, restaurantes, hotéis, fotografia, recepção, taxistas, impactados de forma direta, e outros tantos profissionais de forma indireta”, conta.

Reinvenção no turismo no Espírito Santo

Diversas empresas se reinventam para continuarem atuando e diminuindo o número de demissões. É o caso do empresário de receptivo, Gustavo André. Neste momento de paralisação, ele está focando seus esforços em marketing e comercialização. Gustavo manteve todos os seus funcionários e, entre outras ações, lançou uma campanha para venda promocional antecipada de ingressos de passeios e pacotes de viagens.

Gustavo revela que sua estratégia é criar pacotes do tipo “compre 1 e viaje 2”. Para isso, se está realizando parceria com diversas agências de turismo do Brasil inteiro. O empresário se diz confiante. “O Espírito Santo é um destino com ótimo custo benefício para o turista”, ele comenta.

Hotelaria

Com cerca de 95% de cancelamentos e perdas financeiras que chegam a 90%, os meios de hospedagem estão entre os mais prejudicados. Segundo o presidente do Sindihoteis-ES (Sindicato de Hotéis e Meios de Hospedagem do Espírito Santo), Attila Barbosa Miranda, a média de ocupação varia entre 5% a 7%. Este índice é muito abaixo do normal, que chega a 90%.

“O empresariado está fazendo todo o esforço pela sobrevivência de seus empreendimentos e para não demitir seu pessoal. Em meio à crise, o Sindihotéis está em negociação com o Sintrahoteis para evitar demissões”, ele diz.

Hoteis, pousadas e motéis estão buscando promoções para gerar alguma movimentação financeira e diminuir prejuízos. O hotel Praia Sol, em Nova Almeida, é um deles. Em pleno funcionamento, mesmo com capacidade reduzida a 30% para garantir o distanciamento necessário, o hotel colocou no mercado um pacote especial, com pensão completa a preços muito competitivos.

“Além dos pacotes que contemplam café da manhã, almoço e jantar e têm valores muito acessíveis, a pessoa que comprar agora poderá utilizar o serviço de hospedagem no prazo de um ano, inclusive em feriados. É muito atrativo e vantajoso para o consumidor e a nossa expectativa é gerar receita imediata para suprir a baixa momentânea”, explica o gerente do Praia Sol, Paulo Amorim.

Ações

As entidades do trade para o turismo no Espírito Santo são unânimes em reforçar que prioridade é a sobrevivência das empresas. Com as incertezas de prazo para retorno, elas se mobilizam em ações emergenciais. Alfonso Silva, do ES Convention Bureau, de imediato buscam aberturas de linhas de crédito com juros diferenciados junto às instituições bancárias oficiais federais e estaduais e o diferimento do Simples Nacional, seguindo o modelo federal para os impostos estaduais integrantes do Simples.

“Quanto ao pós COVID-19 estamos elaborando um plano de retomada através do CONTURES, SEBRAE E SETUR, que deve ter início em breve. A SETUR, junto com as entidades do setor, está elaborando um grande plano de divulgação e inserção do Espírito Santo como um destino viável pós COVID-19”, revela.

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