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Destinos próximos é a preferência para viagens de 60% dos brasileiros ainda para 2020

Uma pesquisa realizada pela Braztoa, em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e a consultoria Amplia Mundo trouxe dados relevantes para a retomada do setor. Um exemplo é que 60% dos brasileiros preferem destinos próximos para viajar ainda em 2020. O estudo também revelou que 78% dos viajantes brasileiros se sentem frustrados caso não recebam todas as informações necessárias para se sentirem seguros. Já 69% se sentem incomodados com eventos inesperados.

Segundo o levantamento, 56% dos entrevistados acreditam que há uma alta probabilidade de se infectar ao viajar em 2020. Por outro lado, 70% dos brasileiros têm intenção de viajar ainda este ano. Dos 60% dos viajantes que tiveram seus planos alterados, 56% adiaram e 36% cancelaram suas viagens. Para 2021, os planos de viagens aumentam (82%), uma vez que 67% dos entrevistados acreditam que a pandemia vai durar até seis meses. Dos 23,3% dos entrevistados que fizeram alterações, 51% adiaram e 12% cancelaram.

Melhor adiar do que cancelar

“Essa pesquisa nos mostra uma coleção de evidências para as percepções que nós já tínhamos. Os brasileiros ainda estão preferindo adiar do que cancelar porque eles querem fazer essas viagens. Mas se o viajante está dizendo que precisa se sentir seguro e não tolera incertezas, nós, como players do Turismo, precisamos investir nas ações que estão ao nosso alcance para uma retomada positiva”, afirmou a professora e líder do Laboratório de Estudos de Turismo e Sustentabilidade da UnB, Helena Costa.

Segundo a pesquisa da Braztoa, em 2020 há uma predominância das intenções de viagens para destinos nacionais (60%). As regiões mais procuradas são Nordeste (21,8%) e Sudeste (19,8%). Em relação aos destinos internacionais, destaque para a Europa (15%) e a América do Norte (10%). No entanto, em 2021 a intenção de viagens para destinos internacionais é maior (51%), com Europa (21,6%) e América do Norte (14,4%) liderando. No que se refere ao perfil dos viajantes, mais de 80% deles desejam flexibilidade e liberdade em suas viagens, sendo que a maioria prefere viajar para áreas turísticas.

Viajantes demandam segurança

A pesquisa também mostrou como os viajantes buscam por informações sobre Turismo. A maioria utiliza redes sociais (26%) e sites especializados (20%). A porcentagem que ouve amigos e familiares (18%) ou agências de viagens (12%) é mais baixa. Porém, entre os principais motivos dos participantes para contratar agências estão segurança, confiança, praticidade e suporte.

Essa confiança nas agências, segundo a professora da UnB, pode contribuir para aumentar as vendas de viagens de destinos próximos em um momento que exige a garantia de segurança. “Uma informação que chama bastante a atenção é que as agências aparecem em quarto lugar em um ranking com 11 opções. Isso significa que elas ainda são um meio muito confiável pelos consumidores. Para aumentar essa sensação de segurança, precisamos refletir em ações que estão ao nosso alcance, como investir na ausência de risco à saúde e no controle sanitário”, ressaltou.

Destinos próximos serão a retomada das operadoras?

De acordo com uma segunda pesquisa realizada internamente pela Braztoa, 46% das operadoras associadas realizaram vendas durante o mês de abril. Referente aos destinos, 64% das empresas venderam destinos nacionais e internacionais, sendo a maioria para o segundo semestre de 2020. No entanto, grande parte das associadas espera uma redução no faturamento de 51% a 75% em 2020, o que representa entre R$ 7 bilhões e R$ 11 bilhões de diminuição.

“A maior parte das vendas realizadas no mês de abril foi de viagens para o segundo semestre de 2020, mas tivemos uma porcentagem que vendeu viagens com embarque até junho. É importante destacarmos a fragilidade dessas vendas, já que sua concretização está dependendo das restrições de viagens adotadas pelos países”, afirmou a vice-presidente da Braztoa, Marina Figueiredo.

Visando à retomada, as operadoras estão investimento em estratégias de marketing das redes sociais (96%), na diversificação de produtos (70%) e no aumento da atuação do nicho (65%). Segundo a pesquisa, 70% querem aumentar as vendas dos destinos nacionais e 54% dos internacionais.

A expectativa de 58% é de retomar totalmente as vendas de viagens nacionais no segundo semestre deste ano, enquanto 13% esperam retomar em 2021. Em relação às viagens internacionais, 50% esperam retomar as vendas no segundo semestre e 42% aponta 2021. Os desafios para a recuperação englobam a falta de demanda por motivos financeiros (75%), de saúde (63%) e condições adequadas para receber os turistas nos destinos (41%).

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