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ABLA: locação de veículos caiu mais de 90% desde o início da pandemia

A Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA) divulgou informações sobre o impacto da Covid-19 nas locações de veículos. Foi registrada uma queda de mais de 90% no volume de negociações desde o início da pandemia.

Atualmente, um milhão de veículos aproximadamente estão disponíveis para aluguel no Brasil. Desses, 48% ficam nas lojas, para contratos curtos, e têm como principais clientes os condutores por aplicativo. Com as pessoas em casa, cai sensivelmente a quantidade de viagens por aplicativo (Uber, 99, Cabify). Com isso, os motoristas, clientes habituais desse serviço, também param de trabalhar. Aeroportos vazios também representam menos procura de carros pelos turistas.

Segundo a ABLA, em fevereiro, as associadas previam um crescimento de 15% no faturamento do setor. Em março, a movimentação caiu em 50%. Abril e maio, a locação diária que é voltada ao turismo caiu para 10%.

ABLA informa aumento da idade da frota

O tempo médio no qual as locadoras permanecem com os veículos em suas frotas vai aumentar de 14,9 meses (registrado ao final de 2019), para 18 a 20 meses no fim de 2020. A avaliação é da ABLA, após quase dois meses de restrições ao contato pessoal em virtude da pandemia do novo coronavírus.O novo cenário é de menos aquisições para renovação da frota, também em função da menor oferta das montadoras. As empresas interromperam sua produção em virtude das medidas de isolamento social para evitar a propagação da epidemia. Paralelamente, a demanda pela locação de veículos também caiu. “Um dos cenários mais desafiadores é aquele referente aos motoristas de aplicativos. As devoluções de veículos já superam a marca de 80%”, avalia o presidente da ABLA, Paulo Miguel Junior.

No aluguel de longa duração para empresas e órgãos públicos, boa parte dos clientes das locadoras, com exceção das áreas de saúde e de segurança, estão aplicando 25% de redução nos contratos com as locadoras. “Ao mesmo tempo, no setor privado, também há empresas pedindo redução de valores de locação durante a crise e alteração de forma de pagamento”, diz Paulo Miguel Junior.

Ele acrescenta que ajuda a manter um certo otimismo é a possibilidade de uma retomada rápida. Para ele, a demanda reprimida tende a fazer com que ‘todos corram atrás do prejuízo’. Isso poderá gerar uma resposta satisfatória não só para o nosso setor, mas para toda a economia brasileira.

Conforme o mais recente Censo do setor, ao final de 2019 o Brasil contava com 10.812 empresas de locação de veículos. Juntas, essas empresas mantêm 75.104 empregos diretos no país.


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