Muitos viajantes acumulam milhas através dos programas de fidelidade das companhias aéreas ou cartões de crédito para ganhar vantagens. Descontos em produtos, atendimento preferencial ou passagens aéreas gratuitas são alguns dos objetivos dos clientes. Porém, nesta época de quarentena e isolamento social, o que fazer com as milhas?
Segundo Tahiana D’Egmont, sócia e CMO da MaxMilhas, este momento tem se mostrado uma ótima oportunidade para acumular pontos no cartão de crédito e milhas aéreas. “Os programas de fidelidade estão lançando uma série de promoções para movimentar o mercado. As mais comuns são aquelas que oferecem bônus na transferência dos pontos do cartão de crédito para o programa de fidelidade das companhias”, ela explica. “Nesses casos, é possível ganhar 60%, 80% ou até 100% de milhas a mais”.
Programas como o do Smiles, por exemplo, adiou o prazo de validade de suas milhas. Ao invés da expiração acontecer em 2020 ou 2021, ela prorrogou a validade de algumas categorias para 2022.
Algumas pessoas, no entanto, estão procurando alternativas sobre o que fazer com as milhas neste período. Além de se beneficiar com o acúmulo, é possível vendê-las ou utilizá-las para pagar a fatura do cartão de crédito.
Como vender as milhas?
É fundamental ter em mente que as milhas não são gratuitas. Em algum momento, o cliente pagou por elas, seja comprando diretamente nos programas de fidelidade ou indiretamente no pagamento da fatura do cartão de crédito. Tahiana D’Egmont explica que saber quanto valem as milhas que você tem é um primeiro passo para entender se vale a pena trocá-las por passagem, fazer um resgate por produto ou se é melhor vendê-las e fazer um dinheiro extra com elas.
Ela explica que na plataforma da MaxMilhas é possível calcular o valor das milhas de diferentes companhias aéreas nacionais e internacionais. Assim, o cliente pode inserir o quanto tem e fazer uma estimativa de quanto poderá receber por elas. Se esse valor a ser recebido for superior ao valor a ser pago pela passagem, é mais vantajoso fazer a venda.
É importante ressaltar que, diferentemente de plataformas como a Hot Milhas, Bank Milhas e Elo Milhas, a MaxMilhas não compra milhas. Eles são um marketplace e fazem a intermediação entre quem quer vender milhas e quem quer comprar passagens com desconto.
Qual o impacto da quarentena?
Como todo o setor de viagem, a venda de milhas também enfrenta os efeitos do cenário de pandemia. Com a limitação da operação das companhias, por exemplo, houve uma redução significativa de emissões de passagens, além de um grande número de cancelamentos e remarcações de passagens. Isso está acontecendo por iniciativa do passageiro ou pela suspensão de rotas por parte da companhia.
Neste momento, as milhas vendidas têm sido utilizadas principalmente na emissão de passagens que ajudem quem realmente precisa viajar ou voltar para casa, especialmente no curto prazo. Ao mesmo tempo, a busca por viagens para o segundo semestre tem crescido, com os brasileiros aproveitando os bons preços para planejar viagens futuras.
Tahiana D’Egmont conta que é grande o número de pessoas querendo vender suas milhas, em busca de uma renda extra para esse período incerto. “Temos muitos anúncios no momento, apesar da demanda mais baixa por passagens aéreas. Colocá-las à venda continua sendo mais vantajoso do que trocá-las por produtos ou deixá-las expirar. Os pontos acumulados podem render um bom dinheiro quando a operação das companhias se normalizar”, ela explica.
Nesse período, Tahiana reforça uma questão bem importante para os viajantes. “Às pessoas que tiveram a viagem interrompida, cuidem-se agora, mas não desistam de viajar quando tudo se normalizar. Nossa recomendação é que remarquem a passagem e se planejem para voar com tranquilidade mais para frente”, ela diz.
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