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Livrarias independentes de São Paulo buscam na internet e mídias sociais sobrevivência diante da pandemia

Existem dezenas de livrarias independentes em São Paulo. Cada canto é mais charmoso que o outro, o que conquista um público específico e fiel. Alguns prezam pela arquitetura diferenciada. Outros, pelo atendimento e boas dicas. Nessa época de pandemia da COVID-19, muitos empreendimentos tiveram que repensar a sua forma de negócio. A maioria, por razões óbvias, estão explorando a possibilidade de vender pela internet. E isso é legal porque muitos desses negócios não haviam pensado em trabalhar dessa maneira anteriormente.

Neste artigo, separamos algumas livrarias independentes que você pode conhecer online e fazer a sua compra. Afinal, não existe companhia melhor do que um livro, não é mesmo?

Livrarias independentes “padrões”

Estar em uma livraria é uma delícia. Folhear os livros, estar naquele ambiente, conversar com as pessoas… Muitas livrarias independentes “padrões” – que vendem todo tipo de literatura – também têm funcionários que ajudam na escolha. Com o isolamento social e o fechamento ao público de vários negócios, esses espaços começaram a se reinventar. O atendimento por WhatsApp, por exemplo, tomou conta de dois espaços: a Livraria Mandaria e a Livraria da Tarde.

Livraria Mandarina

A Livraria Mandaria, localizada em Pinheiros, é um espaço fértil para o desenvolvimento humano e a produção do conhecimento e do pensamento crítico. No cotidiano, também oferecem cursos, palestras, grupo de estudos e clube do livro. A ideia é que a sabedoria frutifique em cada visitante.

Em seu manifesto, eles dizem que o tema que eles focam é a humanidade e todos os assuntos que nascem com ele. Romance, conto, crônica, poesia, filosofia, ciências políticas e sociais, psicologia, artes (fotografia, cinema, balé, teatro, música), relações internacionais… Tem tudo por lá! O destaque do espaço fica para a sala infanto-juvenil, que leva as crianças e adultos ao céu – literalmente.

Os pedidos podem ser feitos através do número (11) 3819-5953. Para a região de Pinheiros, a entrega é grátis. Para outras regiões de São Paulo, o frete deve ser confirmado com a livraria.

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Livraria Mandarina

Livraria da Tarde

Inaugurada no final de 2019 em São Paulo, a Livraria da Tarde é um espaço criado com de aconchegar as pessoas, onde as pessoas entrassem, se sentissem acolhidas e ficassem. A proposta também é oferecer uma curadoria de literatura e humanas impecável, um lugar para sentar, saborear um bom café, desfrutar da experiência de estar nesse ambiente, da chegada à partida.

Para esse momento de isolamento social, as pessoas procuram indicação de livros mais leves, ou com histórias tocantes que prendam o leitor. Alguns dos títulos recomendados pela equipe são:

Poesia

  • O livro das semelhanças – Ana Martins Marques;
  • História Natural de Vinícius de Moraes e Pablo Neruda.

Romance

  • Vamos comprar um Poeta – Afonso Cruz;
  • Tudo é Rio – Carla Madeira.

Não ficção

  • Uberização: a nova onda do trabalho precarizado – Tom Slee;
  • Ideias para adiar o fim do mundo – Aílton Krenak.

A Livraria da Tarde conta com atendimento das 12h às 17h e pedidos através do WhatsApppagamento online pelo PagSeguro e entregas na região metropolitana da cidade de São Paulo. Para mais informações, é só enviar uma mensagem para o número (11) 96383-1939.

Livraria da Tarde

Livrarias independentes “diferentonas”

Muitos leitores também procuram obras “diferentes”, como conteúdos mais artísticos ou de editoras independentes. Separamos aqui dois espaços super legais e que vale muito a pena visitar depois da quarentena: a Banca Tatuí e a Lovely House.

Banca Tatuí

Inaugurada em 2014, a Banca Tatuí é a primeira banca de rua inteiramente dedicada a editoras independentes. Localizada no centro de São Paulo, a banca contribuiu para revitalizar uma região degradada da cidade. Hoje conta com material de mais de 200 editoras, artistas e coletivos. Em 2018, a banca ganhou uma extensão, a Sala Tatuí, uma livraria com atendimento por hora marcada e espaço de cursos. Ambas as iniciativas estão localizadas na rua Barão de Tatuí e são geridas pela editora Lote 42.

O objetivo desta livraria independente é dar espaço a editoras que não encontram espaço nas livrarias tradicionais. Uma forma de distribuir e destacar a produção de editoras e artistas independentes contemporâneos independentes. A Banca Tatuí está atendendo normalmente através do site deles. Os clientes também podem tirar dúvidas pelas nossas redes sociais através do perfil @bancatatui.

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Banca Tatuí

Lovely House

A Lovely House é uma editora e casa de livros que oferece publicações sobre arte, fotografia e design. Dirigida por Luciana Molisani e José Fujocka desde agosto de 2018, abriga publicações de editoras parceiras, selos ou autores independentes e títulos próprios, priorizando obras contemporâneas com qualidade conceitual, editorial e gráfica. No espaço ainda acontecem lançamentos, cursos e pequenos encontros com
autores ou convidados especiais com a intenção de discutir e fomentar processos criativos, articular ações culturais e debater a produção de vanguarda.

Neste momento, a casa está de portas fechadas e os lançamentos e encontros com autores ou convidados especiais estão suspensos por conta da pandemia. O e-commerce e o atendimento virtual da livraria está a todo vapor. As entregas continuam sendo feitas em todo o Brasil, em cidades atendidas pelos Correios.

Para tirar dúvidas ou pedir alguma recomendação, é só mandar uma mensagem pelas redes sociais, pelo WhatsApp no número (11) 3063-4030 ou no e-mail [email protected].

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Lovely House

Indicações de livros das livrarias independentes

Pedimos para o pessoal da Banca Tatuí e da Lovely House indicarem alguns livros legais para essa pandemia. Confira:

Banca Tatuí

Queria ter ficado mais

O Queria Ter Ficado Mais reúne 12 histórias escritas por mulheres em diferentes cidades do mundo. Da vizinha Buenos Aires à longínqua Tóquio, cada história vem dentro de um envelope, como se fosse uma carta. O exterior dos envelopes trazem ilustrações coloridas da artista argentina Eva Uviedo. Os desenhos são inspirados nos textos, apresentando as paisagens antes da leitura decolar. As histórias foram escritas por Barbara Heckler, Bruna Tiussu, Cecília Araújo, Cecilia Arbolave, Clara Averbuck, Clara Vanali, Florencia Escudero, Isis Gabriel, Ligia Braslauskas, Lívia Aguiar, Luciana Breda e Olívia Fraga. Conheça mais detalhes no hotsite do livro.

Autopublicação

Muito se discute o papel do autopublicador, as possibilidades de trabalho, os espaços ocupados, as trocas que tanto fortalecem o meio e o seu lugar no futuro. Não há com precisar os caminhos e resultados, mas continua sendo o momento ideal para experimentar, publicar, falar, dar voz. Autopublicação é uma obra que ressalta, ainda, a materialidade de uma publicação, ao oferecer diferentes perspectivas sobre o processo de construção do livro, incluindo o uso de diferentes tipos de papel, impressão e formatos, o que foi possível por ser um livro produzido de forma artesanal.

Quando o sangue sobe à cabeça

Quando o sangue sobe à cabeça traz seis narrativas breves que exploram o universo feminino com a coragem e o humor que Anna Muylaert mostra em seus filmes. De uma mulher com problemas sexuais a uma depiladora falastrona, Muylaert constrói histórias envolventes sob a perspectiva de personagens diversas e cativantes. A artista escreveu as histórias nos anos 1990 como uma forma de desenvolver sua voz autoral, com desenvolvimento de tramas e personagens. Em 2002 ela lançaria seu primeiro longa-metragem, Durval Discos. Dirigiu outros quatro filmes, entre eles o multipremiado Que horas ela volta?. O livro tem capa impressa em serigrafia branca. Uma sobrecapa com dobras irregulares forma um pôster colorido com detalhes do corpo humano. A dedicatória, “Para Celina e Celina”, foi carimbada manualmente em tinta vermelha.

Lovely House

Farroupilha

Inspirado pela épica história da Revolução Farroupilha, André viajou, ao longo de três anos, pelo estado do rio Grande do Sul buscando fotografias que ligassem o passado ao presente. Procurou criar imagens que pudessem representar toda a complexidade dos desdobramentos que esse fato histórico, tão relevante na historiografia nacional, causou no presente. Publicado pela Editora Madalena, o livro acompanha textos do historiador gaúcho Jocelito Zalla, do acadêmico Ronaldo Entler e do próprio artista.

Natureza das coisas

Dez das mais significativas séries do artista e fotógrafo Pedro Motta são analisadas por críticos brasileiros e internacionais. Intervenção do
homem na natureza é um tema central, e a coleta de dados, o mapeamento e o processamento digital de imagens são procedimentos recorrentes na obra atual do artista. Sobre as fotografias que revelam alterações humanas na paisagem, ele faz a sua própria intervenção. Esta publicação foi editada pela Editora Ubu.

Triste

O livro Triste apresenta uma série de desenhos de Rafael Sica em que aparece sempre um mesmo personagem com olhar perdido, refém de
si, imerso em um ambiente ora fantástico, ora real. Silenciosas, as imagens são um convite para a reflexão sobre a tristeza individual e coletiva.


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