Os cinemas drive-in estão voltando à moda como um entretenimento nos Estados Unidos. A opção é desenhada para atender às exigências de distanciamento social na era do coronavírus.
Beth Wilson é dona do Warwick Drive-in, localizado a cerca de uma hora de carro de Manhattan. Ela diz que vendeu todos os espaços que tinha desde 15 de maio, quando os drive-ins puderam operar. A atividade dos cinemas drive-in faz parte do plano de reabertura de Nova York.
O drive-in caiu bem para os norte-americanos que estão basicamente confinados em suas casas desde março. Os clientes estão “vindo para sair de casa e por uma forma de entretenimento que não seja serviços de streaming em suas TVs”, afirmou Wilson. Ela acrescenta que espera que seu estabelecimento ajude as pessoas a restabelecerem a conexão entre si. “Só quero ver sua felicidade, seu bem-estar”.
Experiência dos cinemas drive-in
A experiência dos cinemas drive-in acaba servindo sob medida para a pandemia. Os clientes controlam a interação social e qualquer contato com outra pessoa acontece ao ar livre, onde há menor chance de infecção do que em ambientes fechados.
“Há muitas pessoas que pela primeira vez estão perguntando e vindo”, disse John Stefanopoulos. Sua família tem o drive-in e um restaurante adjacente. “As pessoas querem sair de suas casas”.
Stefanopoulos acha que a indústria de drive-ins tem uma chance de ver uma sustentação da alta, após 90% de queda na demanda nas últimas décadas. Ele recebeu perguntas sobre a criação de cinemas ao céu aberto na Inglaterra, Irlanda e em todo o território dos Estados Unidos.
Tendências para outros negócios
Há pessoas querendo capitalizar com essa tendência. O restaurante The Bel Aire Diner, no bairro nova-iorquino de Queens, colocou uma grande tela em seu estacionamento. Ele está exibindo filmes e servindo comida nos carros enquanto pessoas assistem a clássicos.
Com um plano mais ambicioso, um empresário afirmou que está organizando um evento “drive-in de esteroides”, a ser realizado no estacionamento do estádio da equipe de beisebol New York Yankees, depois do 4 de julho. Marco Shalma, um dos donos do MASC Hospitality Group, disse que os eventos terão comida, performances e um filme, e que os vê como forma de revigorar a cidade.
“Estamos tirando água de pedra em Nova York. Será épico”, completou.
(com informações da Reuters)