Vou começar a falar da minha cidade mais que querida, Vancouver. Morei lá três, quase quatro meses e fiquei encantada. Tem muitas pessoas que acreditam que no Canadá só exista gelo e acabam sempre optando por lugares que transbordam cultura ocidental como a Europa, mas eu particularmente amei o fato do Canadá ser quase uma “tábula rasa”. Digo isso, porque não é um lugar que tenha museus como o Louvre, em Paris, igrejas centenárias, mas é um ambiente novo e igualmente rico em cultura, onde muitas pessoas durante o século XX ( e também XXI) se estabeleceram fugindo da xenofobia, de guerras, da pobreza e ali se fixaram para construírem um lugar pacífico ( pode não ter sido o objetivo, mas foi a consequência). Era muito engraçado pegar o ônibus e ouvir diversas línguas: inglês, francês, chinês, hindi…era uma verdadeira Babel. Sentei uma vez ao lado de um afegão, via alguns muçulmanos, indianos, filipinos… O que eu pude reparar no meu pouco tempo para uma análise mais aprofundada, é que as pessoas vão para Vancouver e fazem questão de continuar vivendo a cultura do seu país local. Isso está nas diferentes religiões professadas ali (tinha uma igreja budista na esquina da minha casa, percebia algumas luteranas também), nos mais diferentes pratos feitos pelos próprios imigrantes ( na minha casa mesmo, comia comida indiana, japonesa, e ali perto, tinha um restaurante africano.), nas línguas faladas… Tudo isso sem problemas com os demais, a maioria ao menos respeita a diferença do outro. Passei em uma escola primária certa vez e vi que os alunos tinham desenhado quadros com símbolos de diversos países, inclusive o Brasil estava lá. É uma multiculturalismo compartilhado pacificamente, que acredito que dá ao país uma certo um discernimento em diversas questões, como justiça. E o que tem para fazer em Vancouver então?Além de reparar na paz, no caldo cultural, na funcionalidade do lugar, há muitos lugares interessantes para se conhecer e fico de dar dica nos próximos posts ok?
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