A Emília, minha amiga portuguesa que comentei em post anterior, disse que havia um restaurante com pratos deliciosos no Porto. Eu estava contando meus centavos de euros (ok, exagerei) e queria comer em qualquer lugar. Mas Dona Emília fez questão de me levar ao tal estabelecimento. Para variar, caminhamos, caminhamos…”Emília, vamos comer ali ó, estou com fome”. Ela me pedia calma, e eu aproveitei para reparar nas construções antigas do Porto, tal qual já tinha visto na TV, com as roupas estendidas nas varandas e balançando conforme o vento. Acho um charme isso, embora roupas na varanda de casa no Brasil signifique pouco senso estético e me disseram que ali também, mas eu gosto muito. Continuei minhas observações flaneurísticas, porque a Emília se perdeu um pouco, mas enfim chegamos ao Rei dos Galos. Um pequena placa, uma portinha, tudo bem reduzido perto do que tinha imaginado, já que minha amiga disse que era um lugar onde iam juízes e advogados, um restaurante “bem renomado”. Fomos entrando, pé direito baixo, poucas mesas, senti um clima muito aconchegante. Sentamos e decidimos que eu deveria experimentar o bacalhau e, Senhor, não sei se era a fome, mas aquele prato era maravilhoso. Ponto certíssimo, nem salgado demais, nem insoso, batatas amassadas entre o peixe, muito, mais muito azeite, nossa, eu salivo só de pensar. E, para acompanhar, um bom vinho. Sim, o lugar realmente merece reconhecimento. E tem. Nas paredes, uma poesia de advogados saudando o lugar. Depois, os próprios donos do restaurante vieram conversar com a gente. Um casal de sexagenários simpatissíssimos. Mostraram um postal do presidente Obama, em que ele escrevia, em outras palavras, que a notoriedade do lugar tinha chegado até a Casa Branca. Demais né? Anota ai:

Serviço:

Restaurante Rei dos Galos de Amarante

Rua Taipas 121, Porto, Portugal