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Pretinho básico: roteiro de café por Santos

Pretinho básico: roteiro de café por Santos

Por muito tempo, o único motivo para cogitar descer a Serra era a praia. Distante cerca de 1h30 de carro da capital paulista, as cidades litorâneas ficavam como escolha para aquele fim de semana ensolarado, perfeito para renovar o bronzeado. Mas há algum tempo que esta realidade mudou. Grandes cidades como Santos, Praia Grande e Guarujá estruturaram razões diferentes para que os turistas queiram permanecer na região, mesmo na temporada de inverno. No caso de Santos, uma das ações que fortalecem o turismo na baixa temporada é o Festival Santos Café, evento que reuniu 36 mil pessoas entre os dias 8 e 10 de julho, e que seguiu a tradição de oferecer programação cultural diversificada gratuitamente.

Em espaços espalhados pela cidade, o público pode conferir show da cantora Paula Lima, no palco criado entre as ruas XV e do Comércio, onde a estrela da MPB pode aquecer a noite de dezenas de espectadores. A música esteve presente ainda em outras apresentações, caso da Orquestra de Rua (Estação Valongo), Murilo Mauá (Praça Mauá) e das rodas de samba no centro da cidade. O Festival ainda incluiu mostras e espetáculos de dança, de forma que a grande estrela do evento pode ser degustada em suaves porções na Casa da Frontaria. Por lá, mais de 20 mil copinhos de café foram servidos em degustações comandadas por empreendimentos locais, como o Café da Hora e Rei do Café, assim como, convidados, caso do Mitsuo Nakao, de Patrocínio, e do Santa Mônica, de Machado.
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O tipo arábica segue como o queridinho dos produtores brasileiros, que buscam reforçar seu portfólio em variedades gourmet. O Café da Hora, além do formato bike café, se empenha em criar sabores diversificados através de quindins, brigadeiros e geleias que têm o café na base, e que acompanham o clássico espresso, normalmente vendido por R$ 4,00. Em sua sede, o Rei do Café explica sobre o processo de torrefação dos tipos tradicional e gourmet, e de lá o cliente pode sair com pacotes de café 100% arábica, próprio para coador, ou apostar em grãos selecionados que ficam mais saborosos na máquina.
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O Festival, ainda que reúna opções culturais diversificadas, é porta para a construção de um roteiro próprio, que amplia a relação da cidade com o café. Afinal, logo ao lado da Casa da Frontaria, está a Bolsa do Café inaugurada em 1922 para centralizar todos os detalhes do mercado cafeeiro que movimentava o país inteiro. Atualmente transformado em Museu do Café, o lugar acolhe instrumentos próprios da atividade cafeeira numa exposição permanente, enquanto a Cafeteria do Museu é própria para despertar os paladar para os diferentes tipos de grãos produzidos no país.

Entre um doce e outro, entre uma xícara e outra, entre um endereço e outro, ir para Santos ganha novos sentidos, novos aromas. A praia fica para mais tarde.

Roteiro
Bolsa do Café – Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico
Rei do Café – Rua Gonçalves Dias, 34/36 – Centro
Bike Café da Hora – Rua Tolentino Filgueiras, 80, Gonzaga
Cafeteria do Museu – Rua XV de Novembro, 95 – Centro Histórico

Foto: Roger


Flávia Lelis, editora de conteúdo online e amante de viagens por natureza

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